As temperaturas mais amenas e presença de chuvas no Meio-Oeste americano causaram queda nos preços do milho em Chicago na semana passada.
Já no Brasil, as exportações do cereal se intensificaram na última semana de julho, e fecharam 4,4% acima de julho 2022.
Enquanto isso, a colheita da safrinha seguiu evoluindo, alcançando níveis superiores a 50% em todo o país.
Mesmo com o ataque ucraniano ao porto da Rússia, que deixou o mercado apreensivo, o otimismo climático prevaleceu em Chicago.
Assim, as cotações encerraram a semana passada a US$ 4,85 o bushel (-7,09%) para o contrato de setembro de 2023.
Em síntese, o mercado físico brasileiro teve uma semana de queda, influenciado por Chicago.
Clima nas lavouras americanas
E para esta semana, o otimismo com o clima americano continuará.
Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), os prognósticos indicam a continuidade de temperaturas amenas e presença de chuvas mais generalizadas, principalmente, no Corn Belt.
As lavouras americanas poderão indicar melhora. Com a melhora do clima no Meio-Oeste, o percentual das lavouras boas/excelentes deve aumentar, gerando o sentimento positivo na expectativa de oferta do cereal.
O clima bom confirmado poderá continuar pressionando as cotações de Chicago.
Ucrânia
Enquanto isso, o conflito geopolítico continuará no radar nesta semana. Após os ataques nas instalações portuárias da Rússia, reacendeu o sentimento de imprevisibilidade e preocupação em relação à oferta de milho.
Diante disso, qualquer movimentação nova, envolvendo Rússia e Ucrânia, poderá aumentar a volatilidade em Chicago.
Oferta e demanda mundial
O relatório de oferta e demanda mundial, a ser divulgado na sexta-feira, dia 11, apresentará mais uma atualização dos números pelo USDA.
Espera-se aumento na expectativa de produção, manutenção na demanda norte-americana e leve acréscimo nos estoques finais.
Já para o Brasil e Argentina, os números devem ser mantidos.
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Embarques
Já as exportações brasileiras poderão ganhar ritmo.
O mês de agosto é, historicamente, marcado por grande volume exportado de milho.
Com isso há uma alta expectativa de que o ritmo de exportação aumente consideravelmente, podendo alcançar um volume acima de 2 milhões de toneladas ao longo desta semana, de acordo com a Anec.
Mesmo assim, as cotações poderão continuar se desvalorizando.
A tendência de desvalorização das cotações de milho deve continuar, por conta, principalmente, da evolução da colheita brasileira.
Muito mais sobre o mercado mundial de commodities no programa A Hora do Grão desta semana
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br