A Região Sul teve condições climáticas favoráveis para o milho, com boa umidade no solo, o que permitiu o avanço do plantio na semana passada.
É estimado o plantio de 3,756 milhões de hectares, 5,2% inferior ao registrado na última safra.
A redução de área é devido à recente baixa cotação do cereal no mercado, forçando os agricultores a procurarem melhores opções de cultivo de outras culturas.
Agora, com uma alta expressiva nas últimas semanas, espera-se que a área plantada, principalmente na Região Sul, seja maior que a inicialmente estimada.
Chicago
Em Chicago, o milho encerrou a semana passada cotado a US$ 4,24 por bushel (queda de 1,17%) para o contrato com vencimento em dezembro.
Na BM&F, o contrato novembro/24 fechou a R$ 74,53 a saca, movimento de -4,02%.
A B3 seguiu o movimento de queda, com fechamento de -4,02%%, a R$ 74,53 por saca no contrato de janeiro de 2025.
No mercado físico, os movimentos foram mistos, com altas e baixas distribuídas pelo país, predominando as altas.
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Apesar da pressão dos preços em Chicago no período, os valores domésticos do cereal apresentaram certa resistência.
Isso ocorreu devido à desvalorização do real frente ao dólar, movimento que, assim, oferece suporte aos preços internos, e ao ritmo lento da comercialização pelos produtores.
Na Argentina, o plantio alcançou 38,6% da área projetada.
E se observam os primeiros lotes em estágio reprodutivo no Centro-Norte de Santa Fé e Entre Ríos.
Plantio da safrinha
Com o rápido avanço da safra de soja e o bom desenvolvimento das lavouras, o mercado começa a repensar sobre uma possível alteração da área de milho segunda safra.
O cereal terá em grande parte a janela ideal para plantio e, diferente de dois meses atrás, os preços dispararam no disponível e tiveram uma boa reação no mercado futuro.
Não há cenário para uma grande elevação nos custos de produção, e então o cenário que começa a ser desenhado é de expectativas boas quanto ao volume de milho segunda safra.
Demanda interna
A demanda interna deve continuar sendo o maior motivador das altas e a sustentação para os preços no mercado físico.
A alta do boi gordo e a valorização no preço de outras proteínas como as carnes suína e de aves são os principais motivos.
A plataforma Grão Direto avalia ser mais uma semana positiva para o milho no Brasil, apesar da queda na última semana.
Fonte: Grão Direto