O mercado de arroz encerrou o mês de outubro com preços 0,54% superiores ao fechamento de setembro.
A saca de 50 quilos no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) – principal referência nacional – fechou com uma média de R$ 119,07.
Comparada ao mesmo momento do ano anterior, a alta acumulada é de 13,35%.
“Interessante notar que, em dólares, os preços do arroz gaúcho apresentaram uma queda de 5,3% em relação ao mês anterior e, quando comparado ao mesmo momento do ano anterior, a queda é de 1,2%”, relata o analista e consultor de Safras & Mercado Élcio Bento.
Isto significa que o que vem sustentando a firmeza dos preços no mercado nacional é a valorização da moeda norte-americana em relação à brasileira.
O dólar encerrou outubro próximo de R$ 5,80.
“Os últimos meses da temporada terão como referência para a formação de preços a paridade de importação, ou seja, o preço pelo qual o arroz chega ao Brasil determinará o valor do produto nacional no mercado doméstico”, frisa Bento.
Pagamento de prêmios
Além disso, para evitar uma saída mais robusta de grãos nacionais para o exterior, os compradores brasileiros terão que pagar um prêmio em relação aos preços ofertados pelos compradores internacionais.
“O monitoramento do comportamento da balança comercial do cereal será de fundamental importância para avaliar o quão apertado será o quadro de abastecimento no pico da entressafra”, pondera o analista.
Mais sobre a safra brasileira em Soja já ocupa 52,9% da área brasileira prevista
Em relação à oferta da próxima temporada, a produção é estimada em 10,996 milhões de toneladas. Esse montante supera o consumo estimado em quase 500 mil toneladas.
“Se consolidada, a produção será a maior desde a colhida em 2020 e, a primeira vez em quatro, será suficiente para atender o consumo dos brasileiros”, destaca o consultor.
“Para que isso ocorra, é necessário que essa produção se consolide”, finaliza.
Fonte Safras & Mercado