A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou, na terça, dia 30, um conjunto de propostas emergenciais e estruturantes de apoio aos produtores de soja e milho afetados por questões climáticas decorrentes do El Niño.
As demandas incluem a prorrogação de operações de crédito rural vigentes por pelo menos seis meses, a renegociação de parcelas de financiamento vencidas, a atualização dos preços mínimos de soja, milho e trigo e a de instrumentos de equalização de preços, a suplementação de recursos para a subvenção ao seguro rural e a regulamentação do Fundo de Catástrofe (Lei Complementar 137/2010).
O tema foi tratado durante reunião conjunta das Câmaras Setoriais de Soja e Milho do Ministério da Agricultura.
As propostas foram detalhadas pelo assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Tiago Pereira.
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Segundo ele, os produtores das principais regiões produtoras mostram preocupação com a queda de produtividade em razão dos problemas climáticos, situação que reduziu a margem bruta dos produtores e os preços serão insuficientes para cobrir os custos de produção.
O tamanho das perdas
Em regiões como Sorriso/MT, por exemplo, segundo dados do projeto Campo Futuro, a margem do produtor de soja na safra 2023/2024 deve cair 41% em relação à safra anterior.
Em Rio Verde/GO e Cascavel/PR, as margens devem cair 39,6% e 39,5%, respectivamente.
Pereira também mostrou um cenário negativo para o milho safrinha devido aos altos custos e à queda dos preços do cereal.
Em Rio Verde/GO, por exemplo, a projeção estimada é de 82% na margem bruta do produtor neste ano na comparação com 2023.
Em Dourados/MS, a projeção de queda é de 38%.
Fonte: CNA