A colheita do milho da segunda safra no Mato Grosso tinha chegado a 96,62% da estimativa de área total na semana passada, avanço semanal de 6,66 p.p..
É o que apontava o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A instituição ressalta que os trabalhos a campo deste ciclo estão mais adiantados em 21,73 p.p. quando comparado com o mesmo período da safra passada, e 16,52 p.p ante a média dos últimos cinco anos.
Diante desse ritmo, esta colheita é a mais adiantada da série histórica do Instituto, devido a combinação do adiantamento da semeadura e condições climáticas favoráveis.
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Quanto as regiões, a médio-norte, oeste e norte seguiam à frente dos trabalhos a campo com 99,08%, 98,69% e 97,85% das áreas colhidas, respectivamente.
Por fim, para as próximas semanas, com a colheita próxima do fim, um ponto de atenção é o déficit de armazenagem, que sazonalmente na época de colheita é um gargalo no estado.
Custos 2024/25
E de acordo com o projeto Acapa-MT, o Custo Operacional Efetivo (COE) do milho da safra 2024/25 no estado, em junho, fechou em R$ 4.589,36/ha, alta de 0,24% ante a maio.
Ao analisar o Ponto de Equilíbrio (PE), levando em consideração o preço ponderado de junho em R$ 35,99/saca, o produtor terá que produzir 127,52 sacas/ha na safra 2024/25.
Quando comparada com a 2023/24, a despesa aumentou 6,13 sacas/ha, puxada pela alta do pacote tecnológico no ciclo futuro.
Ainda, quando acrescentados os custos com depreciações e pró-labore, o agricultor terá que produzir na média 142,44 sc/ha, para cobrir o Custo Operacional Total (COT).
Vale ressaltar que o Imea ainda não possui estimativa de produtividade para a próxima safra, mas, levando em consideração a média de produtividade das últimas três safras (110,85 sc/ha), o produtor cobrirá apenas o custeio da temporada.
Por fim, com os custos elevados e a produtividade em aberta para a próxima safra é necessário que o produtor continue atento às melhores oportunidades de negócio e tente minimizar as suas despesas na temporada.
Fonte: Imea