A semana passada foi bastante lenta em negociações de milho no mercado interno.
Compradores estão com estoques satisfatórios para passar o mês.
E tentam puxar os preços para baixo, diante do estoque ainda grande, resultando da safrinha.
Já no cenário externo, o mercado continua aquecido, com Chicago fechando a semana em alta, valendo US$ 6,53 dólares/bushel (+1,40%).
Os principais motivadores da alta de Chicago foram a situação climática ruim na Argentina e temores sobre o ataque no porto de Odesa na Ucrânia.
De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), o plantio da safra 2022/23 na Argentina segue bastante atrasado.
Com apenas 42,6% da área plantada.
O milho semeado até meados de outubro está em condições razoáveis a ruins.
Com previsões que indicam a continuidade do padrão de seca, esses hectares têm pouquíssimas chances de reverter esse quadro, reforçou a BCBA.
Safra brasileira
Em relação à safra no Brasil, o plantio segue evoluindo.
De acordo com a Conab, até o dia 12 o plantio alcançou 76,6% da área prevista.
No geral, as lavouras se encontram com condições satisfatórias de desenvolvimento.
A exceção é o Rio Grande do Sul, que apresenta baixa reserva hídrica no solo.
Assim prejudicando a soja que já foi semeada.
Exportações
E, de acordo com a Secex, o Brasil exportou 1,5 milhão de toneladas em apenas 7 dias úteis de dezembro.
Um aumento de 46% na média diária em relação ao mês de novembro de 2021.
Caso continue nesse ritmo, poderá superar 5 milhões de toneladas durante o mês.
O clima na América do Sul vai continuar sendo um fator muito importante diante da evolução do plantio.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) projeta chuvas volumosas para todo o Brasil.
Mas a exceção é o Nordeste e o Sul, principalmente o Rio Grande do Sul.
As precipitações continuarão abaixo da média no cinturão produtor da Argentina.
Isso manterá a preocupação com a evolução do plantio e desenvolvimento das lavouras
Em relação às exportações, há fortes indícios de que dezembro será mais um mês bastante expressivo em compras
Os embarques deverão fazer concorrência para o mercado interno, que se encontra bem abastecido nesse momento.
Novos acontecimentos referentes ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que afetam diretamente o escoamento de milho e trigo, impactarão a oferta desses cereais para o mundo.
E podem provocar movimentações em Chicago.
Diante disso, as cotações brasileiras poderão ter uma semana de valorização em relação à semana anterior.
E prevalecer o movimento de demanda externa no Brasil.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br