A semana passada foi de poucos negócios para o milho devido ao encerramento do ano.
As cotações foram impactadas pelo fortalecimento do dólar e do preço do petróleo, além da melhoria nas condições climáticas.
No Paraná, o Deral informou os primeiros relatos de semeadura do milho segunda safra 2023/24.
O número foi menor do que 1% do estimado, porém, já mostra a evolução do estado que já concluiu 100% da semeadura da safra 2023/24.
Já no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina começou a colheita da safra de verão.
Ou 1% da colheita brasileira, conforme a Conab.
As cotações de Chicago finalizaram a semana passada cotadas a US$ 4,62 o bushel (-1,91%), para o contrato com vencimento em março/24.
Entretanto, o mercado físico brasileiro seguiu na direção contrária, e apresentou valorização em várias regiões.
Condições climáticas
Para esta semana há boas expectativas de chuvas para as regiões Centro-Norte, com alívio para os produtores que possuem milho plantado.
Esse cenário também favorece a evolução do plantio do milho segunda safra.
E o que esperar do milho? Veja em Perspectiva 2024 – Milho
Assim como na Argentina, com o clima favorável há avanço no plantio do milho, que poderá superar 80% da área projetada durante esta semana, índice acima da média dos últimos anos.
Exportações fracas
Neste início de ano, espera-se uma redução nas exportações.
Somado a isso, produtores estão se mostrando cautelosos na espera de preços melhores.
O mercado interno está conseguindo pagar melhor que o de exportação, e esse fator pode influenciar.
Etanol de milho
O Brasil tem direcionado grandes expectativas para o etanol de milho como uma aposta significativa para a próxima década, intensificando a presença do biocombustível no país.
Com a chegada de novas usinas, espera-se um aumento nos investimentos voltados para o combustível de milho, o que pode contribuir para maior competitividade no mercado interno nos próximos anos.
Antecipa-se um crescimento robusto ao longo desta década, com ganhos substanciais já neste ano.
Oferta e demanda mundial
Para o relatório oferta e demanda mundial, do USDA, a ser divulgado na sexta-feira, dia 12, se espera pouca alteração nos números.
Possivelmente, manterá a expectativa de produção do Brasil e Argentina, aguardando o desenvolvimento da safra atual.
Para o milho norte-americano, poderá trazer ajustes na oferta e demanda.
E há fortes indícios de que haverá uma redução na área plantada da safrinha.
A expectativa em relação a essa redução ainda não está clara, mas o relatório de oferta e demanda pode começar a indicar essa possível diminuição.
No entanto, dependendo de como isso se desenrolar, a eventual quebra de produção pode ser compensada pela safra histórica dos EUA e por uma notável recuperação na Argentina.
Fonte: Grão Direto