A Nelore Grendene chegou a liderança na comercialização de touros do Brasil, é o que o mostra a oitava edição do Top 100 – Os maiores vendedores de touros do Brasil, ranking realizado pela Revista AG PEC em parceria com as consultorias Brasil de A a Z e FF Velloso & Dimas Rocha Assessoria Agropecuária.
Com sede na Fazenda Ressaca, no município de Cáceres (MT), a propriedade assumiu a liderança do ranking com 1.580 reprodutores Nelore PO vendidos em 2022, 16% menos que em 2021. Para Ilson Corrêa, diretor de Pecuária da Nelore Grendene, a exemplo do que foram os anos de 2020 e 2021, 2022 foi muito bom para o setor.
O que aconteceu, contrapõe, é que, no final de setembro e começo de outubro, o mercado degringolou. “Muito por influência política, criou-se um ambiente carregado, todo mundo em modo de espera, com grande insegurança e investimentos zerados”, avaliou. Então, o mercado de touros acompanhou a tendência.
“Em termos de liquidez foi horrível, tanto que reduzimos nossa oferta. Contudo, quem vendeu até setembro o fez muito bem”, avalia Corrêa. A média dos touros da marca até aquele momento ficou na casa de R$ 24 mil”, informa o diretor de Pecuária da Nelore Grendene.
Para o executivo, esse ciclo de baixa é “recorrente”. Todo agente da cadeia sabe que, a cada quatro ou cinco anos, ele acontece. “Todavia, este último se misturou com política e se tornou mais dolorido. Mas quem é da pecuária já passou por isso e sabe que ali na frente as coisas melhoram”, enfatiza.
Na percepção dele, já há sinais positivos. Para o diretor de Pecuária da Nelore Grendene, no mês de julho, haverá reação, pois os insumos estão com preços baixando, como o milho por R$ 35/saca e a soja por R$ 100/saca, por exemplo. “Entendo que toda a economia passa por acomodação; logo, tudo é questão de acreditar e trabalhar para estar bem logo ali na frente”, acredita. Em 2023, “nossa produção de touros deve crescer, pelo menos, 10%”, planeja.