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Home»Agricultura»Novas tecnologias e as ALTAS PRODUTIVIDADES da soja
Agricultura Atualização:10/06/2022

Novas tecnologias e as ALTAS PRODUTIVIDADES da soja

AmáliaPublicado por Amália10/06/2022Atualização:10/06/2022Nenhum comentário8 Min de Leitura

A produção de soja, no Brasil, cresceu 820% em três décadas – período em que a área expandiu-se em apenas quatro vezes. Já a produtividade duplicou, consequência de inovações como ganhos genéticos, rotação de culturas, melhorias no solo e mais eficientes máquinas. Mas é possível mais

Engenheiro agrônomo e mestre Daniel Glat, produtor rural e integrante do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB)

Nos últimos 30 anos, a produção brasileira de soja cresceu impressionantes 820%, sendo que, no período, a área cresceu quatro vezes e a produtividade da soja, tema central desse artigo, mais do que dobrou (Tabela 1). Os dados do concurso de produtividade do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) dos últimos dez anos também dão uma indicação dos níveis de produtividade alcançados (Tabela 2).

TABELA 1. Crescimento da soja em 30 anos

1990/912000/012020/21Crescimento 30 anos
 Produção (milhões t)15.00038.400138.000820%
 Área (milhões ha)9.70013.40039.100303%
 Produtividade (t/ha)1,582,73,5122%
Fonte: Conab

Tabela 2. Maiores produtividades por região e safras (sc/ha), e número de produtores acima de 90 sc/ha

Como é possível identificar na Tabela 2, além de produtores de todas as regiões alcançarem picos de produtividade acima de 100 sacas/hectare em mais de dez anos, e alguns passando dos 140 sc/ha em anos propícios, também existe um crescimento,  até mais importante, do número de produtores que conseguem colher mais de 90 sc/ha a cada ano. Isso mostra que a produtividade vem crescendo tanto vertical (picos máximos alcançados) como horizontalmente (maior número de produtores alcançando altas médias).

Existem diversos fatores que têm contribuído para esse crescimento da produtividade. A seguir, estão elencados, pelo autor deste trabalho, como produtor e executivo do setor, os mais relevantes:

Ganho genético:

é certo que o esforço das empresas de melhoramento genético para trazer variedades mais produtivas ao mercado tem dado resultado. Materiais com melhor arquitetura de plantas, hábito de crescimento indeterminado, maior potencial produtivo, ciclos mais precoces e, muitas vezes, com resistência a várias raças de nematoides têm contribuído muito para o crescimento da sojicultura brasileira. Basta comparar, lado a lado, as variedades mais plantadas atualmente com as plantadas há dez ou quinze anos. Acredito que veríamos uma diferença – muitas vezes – acima de 10 sacas/hectare. 

Advento soja Intacta:

é certo que o esforço das empresas de melhoramento genético para trazer variedades mais produtivas ao mercado tem dado resultado. Materiais com melhor arquitetura de plantas, hábito de crescimento indeterminado, maior potencial produtivo, ciclos mais precoces e, muitas vezes, com resistência a várias raças de nematoides têm contribuído muito para o crescimento da sojicultura brasileira. Basta comparar, lado a lado, as variedades mais plantadas atualmente com as plantadas há dez ou quinze anos. Acredito que veríamos uma diferença – muitas vezes – acima de 10 sacas/hectare.

Advento soja Intacta:

a chegada da soja Intacta (resistente a lagartas) potencializou o ganho genético ao impedir os danos causados pela lagarta da soja ou a falsa medideira. E acredito que, mesmo com a bateria de lagarticidas usadas na soja antes da tecnologia Intacta, em muitos casos ainda havia perda de produtividade causada pelos danos das lagartas. No milho e no algodão, há impactos semelhantes na produtividade com adventos das tecnologias Bts.

Perfil de solo – desimpedimento químico:

a correção da acidez em profundidade no solo, com níveis adequados de cálcio e magnésio e ausência de hidrogênio e alumínio até uns 80 centímetros de profundidade, é, com certeza, um dos fatores de manejo mais relevantes para o aumento de produtividade. Praticamente todas as áreas dos vencedores regionais e nacionais do CESB têm essa característica em comum: ausência de acidez e presença de cálcio e magnésio em todo perfil do solo. Não por acaso, na maioria dos casos vencedores observa-se adição de calcário e /ou gesso quase que anualmente. 

Perfil do solo – desimpedimento físico:

solos descompactados e sem impedimentos físicos, com pressão máxima de penetração de até 1,5 megapascal é outra característica comum em todos os grandes vencedores do CESB. Seja através de raízes de coberturas, seja através do uso consciente da subsolagem, é certo que a descompactação do solo e a ausência do “pé de grade” têm grande relação com altas produtividades, principalmente em anos de maior deficiência hídrica.

Rotação de culturas e coberturas de inverno:

a conscientização dos produtores brasileiros sobre a importância da rotação de culturas e o uso de coberturas de inverno têm tido impacto muito positivo na agricultura brasileira. Além da rotação de culturas com milho safrinha e com algodão, o uso cada vez mais frequente de braquiária no sistema de rotação, solteira ou em consórcio com milho, crotalárias, nabo forrageiro ou mix de coberturas, com certeza, tem contribuído para o avanço da produtividade, assim como da sustentabilidade da produção.

Qualidade das operações:

a combinação de máquinas mais sofisticadas com mais recursos tecnológicos, associada à conscientização do produtor sobre a importância da qualidade das operações têm sido um suporte muito positivo para esse crescimento. Está claro hoje, para todos os bons produtores, que nenhum pacote tecnológico prospera sem excelência na execução das operações a campo. 

Máquinas mais sofisticadas, com mais recursos tecnológicos, e a conscientização do produtor sobre a importância da qualidade das operações dão suporte ao crescimento da produtividade

Assim, a correta distribuição de sementes, com distanciamento e profundidade uniforme, sem falhas e sem duplas; distribuição do adubo a lanço de forma uniforme ou na linha na profundidade correta; pulverizações com uso correto de bicos, vazões, adjuvantes feitas nos momentos propícios do dia e colheitas sem perdas e sem danos mecânicos são todos os processos operacionais que têm ajudado a alavancar as médias de produtividade não só na soja, mas nas outras culturas também.

Agricultura de precisão:

análises detalhadas de mapas de produtividade; correlações entre produtividade e situação química e física do solo ponto a ponto pelo grid de amostragem; aplicações de calcário, gesso adubo de plantio e cloreto de potássio na taxa variável e, até mais recentemente, o uso de taxa variável nas sementes (principalmente em regiões de solos com estrutura mista e variável) são todas as práticas que podem ser colocadas no “guarda-chuva” da agricultura de precisão e que também têm colaborado com o crescimento das produtividades. 

Uso de produtos biológicos e estimulantes fisiológicos orgânicos:

o uso crescente de produtos biológicos no solo e em aplicações foliares, assim como a utilização, cada vez maior, de estimulantes fisiológicos oriundos de extratos orgânicos trazem uma alternativa em algumas situações aos produtos químicos, complementando-os e também contribuindo para o aumento da produtividade e da sustentabilidade da soja.

Muitos desafios e novos problemas

Enfim, vale lembrar que, nos últimos 30 anos, durante esse período de grande crescimento de produtivdade, não faltaram desafios para a cultura. Além das intempéries climáticas ocasionais, principalmente em alguns anos no Sul do país, foi preciso lidar com cancro das hastes, ferrugem da soja, crescimento das várias raças de nematoides, soja louca, com helicoverpas e moscas brancas e, recentemente, com o novo desafio do Mato Grosso, as podridões de vagens e o quebramento da soja. Felizmente, a cada problema surgido, o trabalho conjunto de produtores, pesquisadores, consultores e empresas de insumos tem conseguido não só superar os problemas, como também manter o ritmo do crescimento da produtividade.

Os desafios continuarão; novos problemas surgirão e, com eles, novas soluções técnicas que, com certeza, manterão a produção de soja brasileira como a mais produtiva e a mais sustentável do mundo. O CESB foi criado com o objetivo de oferecer um ambiente regional e nacional que estimule sojicultores e consultores técnicos a desafiarem seus conhecimentos, incentivando o desenvolvimento de práticas de cultivo inovadoras.

Conhecimento técnico

Além do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, o CESB promove o curso de pós-graduação EAD MTA Soja do Centro Universitário Integrado Campo Mourão/PR, realizado em parceria com a Elevagro. O intuito é promover conhecimento técnico de altíssimo nível, apresentando dados e estudos de produtividade obtidos pelo CESB, por meio de rigorosos protocolos e elevado nível de transparência. 

Com professores experientes, o curso tem uma grade curricular que propicia ampla gama de conhecimentos teóricos e práticos sobre toda a cadeia produtiva da soja. É ideal para que produtores novatos ou experientes mantenham-se atualizados a respeito das inovações no mercado e estejam mais preparados para os desafios do setor, aplicando as melhores práticas em suas produções.

O CESB é composto por 19 integrantes e 27 entidades patrocinadoras: Basf, Bayer, Syngenta, UPL, Jacto, Mosaic, Superbac, Corteva, Eurochem, ICL, Atto Sementes, Stoller, Timac Agro, Brasmax, Stara, Datafarm, Ubyfol, Fortgreen, KWS, Yara, Sumitomo Chemical, FT Sementes, Koppert, Massey Ferguson, Elevagro, Somar Serviços Agro e Ibra.

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