*Artigo de Yago Morgan
Que o agronegócio tem sido e será o grande propulsor da economia brasileira pelos próprios anos não restam dúvidas, principalmente quando se verifica um agro fortemente ligado ao tech.
Ideia de atividades manuais no campo, ou mesmo atividades mecanizadas, já não retrata fielmente a versão mais atualizada do produtor rural. Isso porque agora, além da extensa mecanização, tem se experimentado também uma automatização que tem aprimorado diversos serviços por meio do uso de inteligência artificial, facilitando a tomada de decisões e automatizando processos. E o principal: aumentar a rentabilidade no campo.
Para melhor exemplificar o que se está falando, dentre suas diversas aplicações, uma é a possibilidade de realizar análises químicas de solo, combinar com resultados de previsões meteorológicas e automatizar a aplicação de fertilizantes com o uso de drones de uma maneira muito prática.
Isso tudo se torna possível frente à expansão da cobertura de 5G ao longo do País, que torna essas áreas produtivas, até então remotas, integradas a esse ecossistema hiperconectado, permitindo não somente extrair indicadores em tempo real, mas principalmente, combinar os resultados coletados e transformar em informação útil aos produtores, que agora terão de maneira ágil acesso a dados relevantes para tomada de decisão, e melhor direcionamento do seu negócio.
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Mas para fazer com que as máquinas e equipamentos cumpram sua função na lavoura é preciso acesso à internet, a chamada conectividade. E apenas 30% da área rural no Brasil possui cobertura tecnológica. Os governos e o setor privado precisam avançar rápido com infraestrutura. Segundo estudo do Ministério da Agricultura, a ampliação da conectividade para 90% da área rural vai representar um acréscimo de 9,6% de renda no campo. Como o valor bruto da produção é em torno de R$ 1 trilhão, estamos falando de um aumento de renda de R$ 100 bilhões por ano.
Aliar a pujança econômica do setor a recursos tecnológicos de ponta, como a inteligência artificial, só faz retroalimentar o posicionamento de liderança do setor na economia.
*Yago Morgan é diretor-executivo da YM Security, especialista em privacidade de dados e segurança da informação