O relatório de Oferta e Demanda do USDA na semana passada surpreendeu as expectativas do mercado ao aumentar a área plantada de milho nos Estados Unidos.
E também a produção norte-americana, para 384,42 milhões de toneladas.
E a colheita americana começou de forma significativa, já atingindo 5%, de acordo com o USDA.
O estado da Carolina do Norte já tem quase 50% da área colhida.
Com a proximidade do término do ciclo das lavouras de milho, o processo de colheita deve ganhar ritmo nas próximas semanas.
Ao contrário de semanas atrás, nesse momento, o clima seco e quente tende a ser favorável para a evolução da colheita.
Exportações e plantio aquecidos
Por aqui, de acordo com o Secex, em apenas cinco dias úteis, o Brasil exportou 50% de todo volume de setembro de 2022.
Um aumento de 28,6% na média diária.
No Paraná, de acordo com o Deral, o plantio da safra de milho de verão para 2023/24 avançou significativamente.
De 26% para 42% na semana passada.
As cotações de Chicago finalizaram a semana passada cotadas a US$ 4,75 o bushel (-1,66%) para o contrato com vencimento em setembro/23.
E o mercado físico brasileiro teve uma semana dividida entre as regiões do país, sem consenso.
Ainda pressionado pela boa produção brasileira.
E nesta semana as exportações seguirão aquecidas.
Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), a estimativa de exportação de milho do Brasil para setembro foi revisada para até 10,69 milhões de toneladas, contra 9,67 milhões na semana anterior.
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Brasil x EUA
Com a colheita do milho norte-americano ganhando ritmo, o Brasil terá uma forte concorrência na comercialização do cereal.
Porém, ainda existem alguns desafios por lá, como os baixos níveis do Rio Mississipi.
Esse cenário está onerando significativamente o custo logístico americano, diminuindo sua competitividade.
Diante disso, o Brasil se consolida, cada vez mais, como fornecedor global do cereal.
Plantio na América do Sul
O plantio já iniciou no Brasil, principalmente na região sul, que detém grande parte da área plantada da safra verão.
Na Argentina também iniciou o plantio, para cerca de 2,2% da área prevista, de acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
No Brasil, com a proximidade do término da colheita da safrinha, a demanda terá um peso maior no direcionamento das cotações brasileiras.
Assim, com o ritmo aquecido, poderá trazer valorização nas cotações brasileiras.
Fonte: Grão Direto