A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) informa ao setor produtivo que começou neste mês a última campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado de São Paulo.
Nesta etapa, devem ser vacinados bovinos e bubalinos com faixa etária até 24 meses, o que corresponde à aproximadamente 5 milhões de animais.
A vacinação de outros animais é proibida e o prazo para imunização do rebanho se encerra no dia 31 de novembro. O produtor tem até o dia 7 de dezembro para declarar a vacinação.
A declaração da vacinação deve ser realizada, de preferência, por meio eletrônico, através do sistema informatizado Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE).
Quando não for possível, o produtor poderá acessar a declaração na internet (Link) preencher e encaminhá-la por e-mail ou entrega-la pessoalmente na Unidade de Defesa Agropecuária mais próxima.
Última campanha de vacinação aftosa
Em ofício publicado no dia 10 de agosto, enviado ao Governo do Estado de São Paulo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em cumprimento ao Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), decidiu que São Paulo, após a etapa de novembro de 2023, passa a suspender a vacinação contra a febre aftosa.
A medida faz com que São Paulo se torne zona livre da doença sem vacinação, assim como já ocorrido com Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
De acordo com o documento, a partir de 1º maio de 2024, animais com origem em zonas livres com vacinação, caso de parte do Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro, não podem ingressar nos Estados que já suspenderam a vacinação.
“Isso será necessário porque o pleito para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação está previsto para ser apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal em agosto de 2024. A previsão de finalização da avaliação será em maio de 2025, cumprindo, então, o prazo de 12 meses sem o uso do imunizante e sem ingresso de animais vacinados nas áreas, conforme definições do Código Sanitário de Animais Terrestres daquele Organismo Internacional”, descreveu o ofício.
Para Breno Welter, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (PEEFA), a expectativa é que São Paulo avance junto com os demais estados do bloco IV no Plano Nacional, não havendo restrição de trânsito de animais e produtos.
“É importante ressaltar que em novembro teremos campanha e que o produtor deve manter o empenho para mantermos os altos índices, um dos requisitos para a evolução do status”, complementa o gerente.