O clima seco e as queimadas que atingem a parte central do país estão causando um atraso considerável no plantio da primeira safra de feijão para 2024/25.
Caso se consolide, o plantio fora de época pode afetar negativamente tanto a produção quanto os preços futuros do grão.
De acordo com o analista e consultor de Safras & Mercado Evandro Oliveira, a terceira safra 2023/24 do feijão, conhecida pela sua alta qualidade, já foi colhida e não há risco de prejuízos adicionais.
O mercado agora direciona seu foco para a próxima temporada.
Segundo Oliveira, a seca está atrasando o plantio da primeira safra, que já deveria estar mais avançado nesta época.
Seca continua
Algumas áreas começaram a ser plantadas no final de agosto, mas muitos produtores tiveram que adiar o início dos trabalhos devido às condições climáticas adversas.
A expectativa é que setembro continue com clima seco, o que pode resultar em mais adiamentos no plantio e, consequentemente, na colheita.
Além dos impactos diretos sobre a colheita, o analista afirma que a seca e as queimadas também estão prejudicando o solo, com algumas regiões podendo levar até três safras para se recuperar da degradação causada pelos incêndios.
“O impacto econômico para o setor agropecuário pode ser significativo, com estimativas de prejuízos em torno de R$ 2 bilhões”, pontuou.
Evandro também menciona que, apesar de ainda ser cedo para prever o impacto exato nos preços do feijão, a situação atual pode contribuir para um aumento nas cotações no futuro.
“A estiagem e o atraso no plantio são fatores que podem causar um efeito cascata, impactando o mercado ao longo da temporada”, completou.
Fonte: Safras & Mercado