O plantio da safra de soja seguiu evoluindo em uma semana marcada por alívio nas condições climáticas, apesar de se manter abaixo do ritmo médio dos últimos anos.
Já nos Estado Unidos as exportações seguiram aquecidas.
O USDA reportou números acima das expectativas, com destaque pelas compras da oleaginosa realizadas pela China.
Foi quase 1,9 milhão de toneladas na última semana, versus expectativa com teto em 1,5 milhão.
Em nível internacional, o Brasil recebeu convite para integrar a OPEP+, braço secundário da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), para suporte nas decisões que envolvem produção e estoque de petróleo em todo o mundo.
Em síntese, em Chicago, o contrato de soja para janeiro de 2024 encerrou a semana passada a US$ 13,24 o bushel (-0,45%), enquanto o contrato de março de 2024 fechou com queda, a U$13,45 (-0,22%).
No entanto, no mercado físico brasileiro, as cotações da soja tiveram oscilações positivas em várias regiões, mesmo com o dólar recuando 0,41% (cotado a R$ 4,88).
Semana de relatório do USDA
O relatório de oferta e demanda mundial, o WASDE, do dia 8, poderá trazer redução na projeção de produção da soja brasileira.
Especula-se uma redução de 10 milhões de toneladas, o que colocaria a safra brasileira em 153 milhões de toneladas, ainda perto da safra recorde de 156 milhões de 2022/23.
Safra da América do Sul
Já as condições de plantio e desenvolvimento da soja na Argentina estão favoráveis, reforçando a expectativa de produção de 48 milhões de toneladas.
Além disso, há uma expectativa de 10 milhões de toneladas no Paraguai.
Neste cenário, mesmo com uma quebra de safra no Brasil haverá uma boa oferta de produtos desses países.
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Atenção às lavouras no MT
O momento é decisivo para a produtividade da soja já plantada no Mato Grosso.
Afinal, maior parte das lavouras está na fase reprodutiva e de enchimento de grãos, sendo assim, a chuva se faz muito necessária.
Entretanto, modelos climáticos não mostram essas chuvas. E o estado é de atenção para essa semana.
Cenário macroeconômico
Nesta semana haverá o relatório payroll, os números de emprego nos Estados Unidos, que vem com um viés de aumento no número de empregos não-agrícolas.
Com isso, o dólar tende a seguir o mesmo caminho de baixa das semanas anteriores.
Considerando os eventos mencionados, é possível que a soja em Chicago tenha uma semana negativa, com mercado físico acompanhando.
Fonte: Grão Direto