O Sistema TEMPOCAMPO, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), estima uma produção de 147 milhões de toneladas para a safra 2023/24 da soja. Com projeção de 54.29 sc/ha, o índice é 7,12% menor em relação ao ano anterior. O Rio Grande do Sul, entretanto, reduz o impacto da perda média, pois apresenta alta superior a 51%. Já o maior percentual de queda fica em São Paulo, com mais de 23%.
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Sojicultores de todo o País tem manifestado insatisfação diante dos prejuízos causados à safra 2023/24 e a instabilidade climática é o principal motivo desse clima tenso entre os produtores. “Apesar do início de safra bastante difícil no Centro-Oeste do país, as chuvas chegaram em dezembro e contribuíram para a reversão do quadro especialmente nas lavouras mais tardias. No Paraná o quadro foi o inverso, com início bastante animador em termos climáticos, mas com reversão do quadro entre o final de dezembro e início de janeiro”, destaca o professor da Esalq, Fábio Marin, coordenador do Sistema TEMPOCAMPO.
Instabilidade climática impõe quebra na safra de soja nacional
Baseado em modelos de última geração e considerando duas bases de dados climáticos de todo o território brasileiro, a equipe de analistas da Esalq estima maiores quedas de produtividade nos estados de São Paulo (-23.42%), Paraná (-18,74%) Mato Grosso (-16.36%) e Mato Grosso do Sul (-10.59%). O Estado do Rio Grande do Sul é o inverso dessa balança, com projeção de aumento superior a 51% na safra deste ano.
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No programa A Hora do Grão, a equipe fala sobre os números da safra brasileira e os caminhos dos preços da soja e do milho diante do cenário econômico brasileiro e mundial.