A produção mundial de soja para a temporada 2023/2024 deve ser de 398,88 milhões de toneladas, segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Ainda, a produção americana se manteve inalterada em relação à projeção anterior do USDA, na casa das 112,9 milhões de toneladas, ao passo que a produção brasileira projetada pelo órgão teve uma redução de 2 milhões de toneladas, sendo, assim, estimada em 161 milhões de toneladas.
Mas a que se deve essa redução?
De acordo com Rafaela Debiasi, que atua como empresária e palestrante do setor agrícola, “o excesso de chuvas no Sul e a falta de umidade no centro-norte do país têm afetado a produtividade da safra. Essas condições climáticas adversas resultaram em replantio em várias áreas, contribuindo para a redução da estimativa de produção da Conab, que agora está em 160 milhões de toneladas.”
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Ela também afirma que o plantio de soja no Brasil para a temporada 2023/2024, embora já concluído nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, estava, no geral, em 90,9% até a última atualização do USDA, ficando “abaixo dos níveis do ciclo passado e da média histórica das últimas cinco temporadas”.
Atenção ao mercado chinês
Debiasi comentou ainda que a China deverá elevar as suas importações de soja de 100 para 102 milhões de toneladas na temporada 2023/2024, o que, para ele, indica uma demanda crescente por soja no mercado chinês”.