A falta de chuva nos Estados Unidos segue pressionando os níveis do Rio Mississipi e encarecendo o frete por este que é um canal fundamental de escoamento de grãos.
Ainda lá fora, a Rússia anunciou na quinta-feira, dia 21, a suspensão das exportações do diesel por tempo indeterminado.
Já o Japão cortou importações de proteína avícola provenientes do Mato Grosso do Sul, após registro de gripe aviária em uma granja não comercial.
No total, já são 105 casos registrados em território nacional.
As cotações de Chicago finalizaram a semana passada cotadas a US$ 4,78 o bushel (+0,63%) para o contrato com vencimento em dezembro/23.
O mercado físico brasileiro teve mais uma semana dividida entre as regiões do país, sem consenso.
E aAnec registrou a estimativa recorde de exportação do milho brasileiro para setembro: 10 milhões de toneladas.
Aumento do frete
Mesmo com o corte das exportações de diesel pela Rússia, não vai faltar produto, pois o país tem outros fornecedores.
Porém, a tendência é encarecer, já que a aquisição dependerá de outras origens.
Como a logística brasileira é em quase sua totalidade rodoviária, poderá ser notado aumento nos preços de frete.
Exportações nos EUA
No mesmo sentido que a soja, o milho norte-americano entra agora em sazonalidade de baixa nas exportações, por conta do avanço na colheita.
A baixa demanda pelo milho americano pode contribuir para que essa sazonalidade seja mais intensa.
Comercialização desaquecida
Por aqui, o mercado de milho brasileiro está morno e não há estímulos à frente que tendam a mudar esse cenário.
Os produtores estão, no geral, relutantes em vender nos preços atuais, enquanto os compradores fizeram bom estoque e não estão dispostos a subir os preços para originar.
As vendas têm sido engatilhadas por questões como falta de espaço de armazenamento ou contas a vencer que demandam caixa.
Como a safrinha está praticamente finalizada, gatilhos como espaço e caixa já não têm tanta influência, com os estoques definidos e as contas já pagas.
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Alta oferta de trigo no mundo
A Rússia colheu sua maior safra de trigo da história, enquanto os EUA seguem colhendo o trigo de primavera já perto da conclusão.
A chegada do cereal no mercado internacional tem feito uma pressão de baixa adicional para as cotações de milho perante a competição da proteína do milho com a proteína do trigo.
Com a proximidade do término da colheita e um ritmo do mercado interno desacelerado, a demanda terá um peso maior no direcionamento das cotações brasileiras.
Com o ritmo aquecido, poderá trazer valorização nas cotações brasileiras.
Fonte: Grão Direto