A comercialização da safra brasileira de café de 2022/23 até o último dia 10 de maio alcançou 31% da produção, contra 29% do mês anterior. O dado faz parte de levantamento mensal de Safras & Mercado. O percentual de vendas é inferior a igual período do ano passado, quando girava em torno de 35% da safra.
O fluxo de vendas está acima da média dos últimos anos para o período (24%). Assim, já foram negociadas 19 milhões de sacas de uma produção estimada em 2022/23 por Safras & Mercado de 61,1 milhões de sacas.
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, em linhas gerais, o produtor segue na defensiva, ponderando sobre os custos altos e alongando posições.
Isso logicamente tem impacto sobre a dinâmica das vendas com safra nova. Assim, depois de um começo muito acelerado, as vendas andam com o freio de mão puxado.
Gil Barabach, consultor de Safras & Mercado
As vendas de arábica alcançam 36% do potencial produtivo. As ideias da safra 2022 oscilaram muito ao longo do ciclo produtivo, o que dificultou a estratégia de venda antecipada. Em igual período do ano passado o comprometimento do produtor estava em 41% e a média dos últimos 4 anos em torno de 27%.
Safra 2021/22
Já a comercialização da safra brasileira de café de 2021/22 até 10 de maio atingia 94% da produção, contra 92% do mês anterior, conforme Safras & Mercado. O percentual de vendas é superior a igual período do ano passado, quando estava em 93% da safra.
O fluxo de vendas também está acima da média dos últimos anos para o período (91%). Assim, já foram negociadas 53,26 milhões de sacas de uma produção estimada em 2021/22 por Safras & Mercado de 56,5 milhões de sacas.
Fonte Safras & Mercado