A semana passada foi marcada pelo Relatório de Oferta e Demanda de Grãos para a safra 2022/23, divulgado no dia 12 pelo USDA.
A produção de milho nos EUA recuou para 354,19 milhões de toneladas, em relação aos 364,73 da previsão de agosto. Consequentemente, os estoques finais foram corrigidos de 35,27 milhões de toneladas para 30,95 milhões, ou queda de 13,95%.
Dessa forma, a produção mundial de milho, nas estimativas do USDA, também foi reduzida: de 1,179 bilhão para 1,172 bilhão de toneladas na atualização de setembro. Os estoques tiveram queda de 0,71%.
Esses números vieram com redução maior que o esperado pelo mercado.
Plantio safra verão
No Brasil o plantio do cereal segue acelerado, principalmente no Sul. O Paraná já tem por volta de 32% da safra plantada, de acordo com a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
Até o momento, o clima está favorável para o desenvolvimento inicial das lavouras.
Exportações aquecidas
As exportações seguem aquecidas, pois em 15 dias do mês de setembro foi exportado por volta de 70% do volume exportado em todo o mês de setembro/2021. O número é da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso reflete o grande potencial deste mês em exportações.
De acordo com a Grão Direto, a maior plataforma de comercialização de grãos da América Latina, devido ao cenário de queda em Chicago e alta expressiva no dólar, as exportações tendem a continuar aquecidas.
Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto, prevê que esta semana as condições climáticas serão acompanhadas de perto pelo mercado, diante da evolução do plantio e desenvolvimento inicial da safra 2022/23.
Em contrapartida, a expectativa de continuidade de alto volume de exportação no mês servirá de suporte para as cotações brasileiras.
Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de leve valorização.
Já Chicago finalizou a semana passada com leve recuo de 0,88%, 6,79 dólares/bushel. Já o dólar fechou a semana com alta de 2,14%, a R$ 5,26.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br