Depois das horas de tensão registradas em Brasília neste domingo, várias autoridades e lideranças do agro se manifestaram. Em primeiro lugar, contra a destruição de patrimônio público e a violência promovida por um grupo de manifestantes na Capital Federal. E, em segundo lugar, pela associação que o presidente Luis Inácio Lula da Silva fez dos atos com o agronegócio.
“O agronegócio maldoso, aquele agronegócio que quer usar agrotóxico sem nenhum respeito a saúde humana, possivelmente também estava lá”, disse Lula em pronunciamento.
A diretora da Agrifatto, Lygia Pimentel, publicou o trecho da fala de lula e ironizou em suas redes sociais: “Mais uma para a conta do agro malvadão. Pobre humanidade! Como será que sobreviveu até hoje convivendo com esses produtores fascínoras (ou seriam fascistas?) que produzem alimentos envenenados de sol a sol e, nas horas vagas, depredam prédios públicos?”
A influencer e defensora do agro, Camila Telles, escreveu que o agro não precisa vandalizar nada, é só ele parar para o Brasil quebrar. “Eu estou aqui todo santo dia mostrando o agro que é a maioria, que respeita, que produz, que alimenta e que é lembrado nesse tipo de momento pelo, infelizmente, atual presidente! O agronegócio estava lá? Estava quebrando tudo? Sério? Quando me perguntam por que o agro apanha tanto, tá aí! Na hora de ser lembrado por segurar esse país ele não é!”, reclamou Camila.
A ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina publicou que trata-se de “Momento gravíssimo que exige equilíbrio e sensatez. Precisamos de muita responsabilidade para enfrentarmos os lamentáveis acontecimentos de hoje. Na democracia, não há espaço para atos de vandalismo e desrespeito às instituições.”
A Frente Parlamentar da Agropecuária publicou nota oficial condenando os atos praticados em Brasília e defendendo o agro brasileiro. No documento, a FPA destaca que “declarações que atribuam ao setor participação nos ataques são descabidas e não retratam a real importância do agro brasileiro para o país. A bancada é contra a grilagem, o desmatamento ilegal e o uso
irrestrito de pesticidas em lavouras”.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou em suas redes sociais que “contra o terrorismo, não há espaço para hesitação. Toda a força da lei deve ser aplicada para proteger o Brasil e os brasileiros e brasileiras que fizeram do nosso país uma grande democracia. Nenhum retrocesso será aceito”. Ele ainda escreveu que “chega de tolerância com marginais”
Às vésperas
Na sexta-feira, Fávaro agradeceu à Lula a menção sobre sua participação no governo. Em fala na abertura da reunião ministerial, o presidente afirmou que “Fávaro é a perspectiva que nós temos de fazer com que as pessoas sérias, os homens de negócio do agronegócio e os empresários de verdade que sabem a reponsabilidade da produção de alimentos neste país. Que sabe a necessidade da produção sem precisar ofender ou adentrar a floresta amazônica. Esse empresário que produz de forma responsável será muito respeitado e muito bem tratado.