A safra de milho norte-americana esteve em foco toda semana passada em função das boas condições que trazem forte otimismo para a produção, com boas expectativas e assim pressionando os preços.
Ainda nos EUA, as vendas do grão sustentam baixas mais significativas.
Enquanto no Brasil, houve redução de embarques, seguindo tendência contrária.
As análises são da plataforma Grão Direto.As análises são da plataforma
Ainda na América do Norte, no Canadá trabalhadores ferroviários entraram em greve e ameaçam a cadeia de suprimentos norte-americanos.
Grupos empresariais chegaram a declarar a gravidade do evento para a economia canadense.
Em síntese, as cotações de Chicago finalizaram a semana cotadas a US$ 3,68 o bushel (-0,54), para o contrato com vencimento em setembro/24.
Mas na brasileira B3 o milho subiu 1,12%, fechando a semana a R$ 60,23 a saca.
Esse movimento foi seguido pelo mercado físico, que apontou altas nos preços em diversas regiões ao longo da semana.
Para esta semana a demanda estagnada terá seus efeitos.
Menos área
E é praticamente consenso a redução de área de milho para a safra de verão.
Ainda há bastante cereal no mercado, e a demanda internacional está praticamente estagnada.
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Espaço ao sorgo
Nesse movimento, o sorgo tem ganhado espaço, chegando a ser negociado apenas R$ 4,50/saca abaixo do milho em algumas praças do Triângulo Mineiro.
Com a aproximação da safra de soja, espera-se aumento do volume de venda a qualquer momento.
China com safra robusta
A China, para onde o Brasil começou a exportar milho em 2022, acaba de concluir uma safra robusta de 292 milhões de toneladas, e parece estar a caminho de outra colheita cheia.
Com essa abundância interna, a necessidade de importação do cereal permanece mínima.
Antes da guerra, a Ucrânia era o principal fornecedor de milho para a China, mas, devido ao conflito, essa dinâmica mudou, permitindo que outros fornecedores, como o Brasil, ganhassem espaço.
Baixa a caminho
Em resumo, o cenário para o milho aponta para uma tendência de baixa nas próximas semanas, conforme análise da plataforma Grão Direto.
“Apesar da redução da estimativa de aproximadamente 4 milhões de toneladas para a safra de milho, o cereal poderá iniciar esta semana em queda perante o cenário confortável da commodity e seus pares como soja e trigo”, destaca a plataforma.
Fonte: Grão Direto