Em 2013, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) produzido pela sua Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) afirmou que, até 2050, o planeta terá 9 bilhões de habitantes e que, por isso, serão necessárias medidas para combater a fome no mundo. Contudo, ao invés de promover a expansão de terras de pastagem ou mesmo de áreas agrícolas, a ONU disse que a medida mais viável para resolver o “problema” será que as pessoas no Ocidente comecem a comer insetos.
Marco Temporal
Como se isso não fosse suficientemente bizarro, a ONU tem combatido ferozmente o agronegócio em todo o mundo. Aqui no Brasil, por exemplo, a entidade fez pressão para que o Supremo Tribunal Federal tornasse inconstitucional o Marco Temporal no dia 30 de agosto deste ano e, em 16 de outubro, pressionou Lula para que vetasse o projeto aprovado no Congresso Nacional – veto esse que se concretizou, de modo que, agora, os produtores rurais estão à mercê do governo federal, podendo perder as suas casas e terras produtivas sempre que uma organização não governamental (ONG) que afirme agir em nome dos interesses dos índios resolva entrar com um pedido de demarcação de terras junto à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para despejar os trabalhadores que nela vivem e, assim, minar o agronegócio brasileiro.
Ocorre, todavia, que o Brasil já possui uma área total gigantesca de terras demarcadas para as populações indígenas: 119,8 milhões de hectares. Nesse espaço, para efeitos de comparação, cabem, juntos, Portugal, Inglaterra, Holanda, Espanha, Itália, Irlanda, Bélgica e País de Gales inteiros e ainda sobram terras. A população somada desses países, porém, é de 210 milhões de habitantes (a mesma que a do Brasil inteiro), enquanto que a população indígena total no Brasil gira em torno de 897 mil pessoas.
Mudanças climáticas
Parte das críticas ao agronegócio vêm da afirmação de que o setor, responsável por alimentar o mundo todo, supostamente aceleraria as “mudanças climáticas”, o que, segundo um dos vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2022, John Clauser, é uma falácia. De acordo com o renomado cientista, há dois tipos de pessoas que defendem a existência de uma mudança climática provocada pela ação humana: as ignorantes e as mal-intencionadas. As ignorantes seriam aquelas que nunca estudaram o assunto com a isonomia e o rigor científico necessários para se chegar a conclusões verdadeiras, desvinculadas de ideologias pré-incutidas sobre o indivíduo. E as mal-intencionadas são aquelas que se beneficiam do alarmismo climático política e economicamente.
Guerra à pecuária
Outro exemplo dos ataques ao agronegócio promovidos pela ONU: na Irlanda, pecuaristas realizaram um protesto em julho deste ano contra uma imposição governamental que os obriga a matar mais de 200 mil vacas leiteiras (aproximadamente 16% do rebanho leiteiro do país) num prazo de até três anos no intuito de atingir “metas climáticas” por meio da redução de “emissões de gases” (literalmente o peido das vacas). Esse é o nível da perseguição à pecuária em escala global. Quantas pessoas poderiam ser alimentadas pelo leite fornecido por um rebanho composto por 200 mil vacas leiteiras? Para os membros da elite global, porém, isso parece pouco importar, pois eles preferem que você coma insetos e que os pecuaristas matem os seus animais saudáveis ao invés de a humanidade seguir simplesmente se alimentando da forma como sempre fez ao longo de sua História.
A ONU provoca a fome no mundo?
Com tantas investidas contra o agronegócio sendo feitas através de políticas que restringem a produção agropecuária no mundo, mas especialmente nos países da União Europeia, cada vez mais produtores têm abandonado o setor, o que acaba por limitar a oferta de carne e leite global de onde as pessoas poderiam obter proteínas. E, desse modo, faz-se necessário o questionamento: será que a intenção da ONU por detrás do seu combate ao agronegócio é justamente gerar a escassez de alimentos no mundo para se colocar como a “salvadora” da humanidade, apontando a alimentação à base de insetos como a “solução” para um problema que ela mesma criou?