A melhora nas condições climáticas durante a semana passada para as regiões produtoras de soja trouxe otimismo aos produtores.
Apesar da melhora, as perdas de produtividade até o momento são irreversíveis.
Já na Argentina, a Bolsa de Cereales divulgou que 85,8% da área projetada já foi semeada.
A qualidade das lavouras surpreendeu, pois cerca de 98% se encontra em condições excelentes e normais.
A semana passada também foi marcada pela atualização dos números de emprego nos EUA, acima do esperado pelo mercado.
Isso contribuiu para o fortalecimento do dólar no mundo.
Em Chicago, o contrato de soja para janeiro de 2024 encerrou a semana US$ 12,50 o bushel (-3,25%).
E o contrato de março de 2024 a US$ 12,57 (-3,08%).
O mercado físico brasileiro, portanto, seguiu a mesma tendência de Chicago.
Para esta semana as previsões indicam que o clima favorável permanecerá, com volumes significativos de chuvas para a região centro-norte do país.
Caso se confirme, contribuirá com o desenvolvimento das lavouras plantadas.
Mais sobre a oleaginosa em Perspectiva 2024 – Soja
No Mato Grosso as primeiras colheitas foram afetadas por interferências climáticas, resultando em produtividade inferior ao ano anterior.
No entanto, há expectativas de melhores resultados nas próximas áreas, devido a condições climáticas menos desfavoráveis em momentos críticos.
Mas em ambos os casos, as perdas são inevitáveis.
Safra argentina
As condições climáticas favoráveis nas lavouras argentinas estão gerando otimismo adicional no mercado em relação ao potencial produtivo.
Há expectativas de que o país possa superar a projeção atual do USDA de 48 milhões de toneladas.
Caso isso aconteça, dará um conforto adicional em relação à oferta.
Relatório oferta e demanda mundial
E na sexta-feira, dia 12, haverá mais uma atualização dos números, pelo USDA, da oferta e demanda mundial da oleaginosa.
Espera-se que o departamento faça mais uma redução na expectativa de produção do Brasil e, consequentemente, na sua demanda.
Para a Argentina, possivelmente, manterá os números atuais.
Além disso, ajustes na oferta e demanda dos Estados Unidos também podem ser esperados.
Dólar em queda
Nos EUA, o aumento nas cifras de geração de empregos nos EUA, superando as expectativas, gera otimismo no mercado quanto ao início da redução das taxas de juros norte-americanas.
Essa perspectiva torna o Brasil atrativo para investimentos especulativos, resultando na valorização do real.
Considerando os eventos mencionados, é possível que a soja em Chicago tenha uma semana negativa, com mercado físico brasileiro seguindo a mesma direção.
Fonte: Grão Direto