O mercado do milho apresentou preços fracos na semana passada, de estáveis a mais baixos na maior parte das regiões. E o ritmo de negócios seguiu lento, com os compradores, especialmente, à espera da entrada da safrinha.
Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o mercado segue focado na paridade de exportação. Nesse contexto, a forte queda nas cotações dos grãos em Chicago ao longo da semana resultou em queda dos preços nos portos e enfraqueceu os preços da safrinha. O que limitou o impacto de Chicago foi a alta do dólar, que no comercial subiu 4% nos últimos sete dias, fechando a quinta-feira a R$ 5,23.
Chicago também caiu
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago, o mercado foi pressionado na semana pela aversão ao risco com os temores em relação à economia dos Estados Unidos. Há grandes preocupações nos EUA quanto a inflação e recessão com as elevações em taxas de juros. A desaceleração da economia tende a reduzir o consumo de produtos agrícolas. A alta do dólar frente a outras moedas também tira competitividade dos produtos de exportação.
Para completar, o clima favorável às lavouras nos Estados Unidos, com chuvas previstas em boa parte do cinturão produtor para os próximos dias pesou sobre as cotações, sobretudo nesta quinta-feira, 23. Nos últimos sete dias, os contratos para dezembro do milho na Bolsa de Chicago caíram 10,8%.
Valores nas praças
No balanço dos sete dias entre 16 e 23 de junho, o milho em Campinas/Cif na venda caiu de R$ 92 para R$ 90 a saca, baixa de 2,2%. Na região Mogiana paulista, passou de R$ 90 a saca para R$ 88, queda de 2,2%. Em Cascavel/PR, no comparativo semanal, baixou de R$ 90 para R$ 89, desvalorização de 1,1%. Em Rondonópolis/MT, caiu de R$ 78 para R$ 75, perda de 3,8%. Já em Erechim/RS, subiu de R$ 94 para R$ 95, alta de 1,1%. Em Uberlândia/MG, passou de R$ 82 para R$ 81 baixa de 1,2%, e em Rio Verde/GO, se manteve em R$ 82.
Fonte: Safras & Mercado