A área a ser plantada com arroz na safra 2024/25 deverá ser de 1,585 milhão de hectares.
Se confirmada, representa acréscimo de 2,4% em relação à da safra anterior, de 1,547 milhão de hectares.
A produtividade média pode somar 6.937 quilos por hectare, ante 6.593 quilos em 2023/24.
Desta forma, a produção para 2024/25 foi estimada em 10,996 milhões de toneladas, alta de 7,8% sobre 2023/24, quando atingiu 10,204 milhões de toneladas.
Todas as projeções são do levantamento de intenção de plantio realizado por Safras & Mercado.
Incertezas no RS
Conforme o analista e consultor de Safras & Mercado Evandro Oliveira, com os produtores do Rio Grande do Sul, responsável por mais de 70% da produção nacional, ainda em processo de recuperação dos enormes prejuízos causados pelas recentes enchentes, o panorama é de incerteza no estado, especialmente nas regiões mais afetadas, como a Região Central.
“Na Fronteira Oeste gaúcha, principal região produtora do país, as margens satisfatórias atuais, assim como a migração de áreas de soja para o arroz, indicam um leve aumento na área a ser plantada com o cereal”, descreve Oliveira.
“A região das planícies deve seguir essa mesma tendência de aumento”, acrescenta.
Apesar das barragens estarem em níveis “ótimos”, a possibilidade de um fenômeno La Niña de moderada a forte intensidade pesa nas decisões dos agricultores.
“Além disso, o dólar elevado e o consequente encarecimento dos insumos agravam a situação”, pondera o analista.
Safra cara
Conforme o consultor, as perspectivas indicam que a próxima safra será uma das mais caras da história, apresentando dificuldades para um aumento consistente de área plantada, “o que é essencial para equilibrar o quadro de oferta e demanda em 2025”, explica.
A iniciativa do Governo Federal de fomentar o plantio de arroz em regiões deficitárias, aliada ao financiamento desta ação através do Plano Safra, deve resultar em um ligeiro incremento de área nas regiões Norte e Nordeste do país.
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Essas regiões também devem ser beneficiadas pelo maior volume de chuvas esperado devido ao La Niña.
“Já na região Centro-Oeste do país, os resultados desfavoráveis das áreas de sequeiro devem resultar em corte de área, que será parcialmente compensado pelo avanço das áreas de pivô, que apresentaram ótimos rendimentos”, completa.
Fonte: Safras & Mercado