“A produção e a distribuição de alimentos foram responsáveis por 73,7% das emissões de gases poluentes no Brasil em 2021”, afirma matéria publicada nesta sexta-feira (3) no G1, o portal de notícias da Globo. Você não leu errado: a Globo afirmou que o grande responsável pelo que chamou de “aquecimento global” no Brasil, que é uma farsa segundo diversos cientistas sérios de todo o mundo, não foram as viagens em voos fretados de ativistas ambientais e políticos, tampouco a gigantesca frota automotora do Brasil ou a produção industrial, mas “a produção e a distribuição de alimentos” no país.
O fronte midiático, porém, é só mais uma das diferentes armas na atual guerra em curso contra o agronegócio em escala global. Conforme noticiado recentemente aqui n’A Granja, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem lutado ferozmente pela destruição do agronegócio no Brasil, tendo feito, inclusive, pressão para que o Supremo Tribunal Federal (STF) e, depois, Lula derrubassem o Marco Temporal, permitindo a demarcação de terras indígenas de forma irrestrita no país, como bem elucida o departamento jurídico da Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
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Voltando à matéria do G1, ela afirma que “eles (os animais) produzem muito mais do que comemos, bebemos e vestimos, mas a pecuária é apontada como uma das contribuintes para a crise climática”, e diz ainda que a “quantidade total de animais criados em fazendas” é 9 vezes maior do que a população brasileira. Contudo em nenhum momento fala que isso se dá por conta de o país alimentar cerca de 800 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) divulgado em 2021.
Ao mesmo tempo, porém, em que o G1 afirma que o “arroto do boi” (expressão retirada também da matéria) contribui para o “aquecimento global”, em julho deste ano o portal de notícias divulgou dados da ONU que afirmam haver 10 milhões de pessoas desnutridas no Brasil e 735 milhões de pessoas passando fome no mundo. Mas ao invés de apontar possíveis maneiras de fazer com que o alimento que, segundo a Globo, está “sobrando” no país chegue até os mais necessitados, a empresa de comunicação parece preferir acusar o agronegócio de “destruir o mundo” com o CO2 produzido pelos seus animais – CO2 esse que, inclusive, faz com que o mundo hoje seja mais verde do que há 30 anos, segundo estudo do Nature Climate Change.
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Biologia básica: plantas se alimentam de CO2 e liberam O2. Logo, quanto mais CO2 você disponibilizar para as plantas, mais elas se desenvolverão e mais O2 elas liberarão. E quanto mais plantas você tiver, maior será a sua capacidade de converter grandes quantidades de CO2 em O2.
Mas a ONU prefere atacar a produção agropecuária e defender que você insira insetos na sua dieta como forma de “acabar com a fome no mundo”.